domingo, 23 de dezembro de 2007

Hércules, ou não.

Para Ler Ouvindo: Balada do Louco - Os Mutantes

Tempo

Pé ante pé, ele corre e grita, olha ao redor, respira fundo e percorre imensos corredores, formando pegadas que não são solúveis, com outros pés que não os seus. Se choca contra prédios que são destruídos, salta como um deus, cai como uma criança. Vê como uma águia, escuta como tuberculosa. Se transforma em carro e “voa” na estrada, se confunde com o firmamento. Chora com tanta propriedade que faz chover. O seu sangue é tão vermelho, que tingiu as rosas. É fraco, é triste, é forte, é feliz, é mulher, é homem, é parte, e todo, é Deus, é Diabo, é guia, é perdida. É fato. Mãos tão grandes que parecem escavadeiras, se enterram no solo e removem porções hercúleas de terra, mais lagrimas transformam tudo em lago, o sorriso trás o sol que faz a alegria das crianças. Ela corre e grita. Grita, seu grito, é tão alto grito que anula o som ao redor, tão forte que é mudo, quando ela grita nada se ouve, nem mesmo seu grito. Quando não há o que fazer ela voa, olha ao redor, mas ver dói, seus olhos sangram escorrem, se transformam um vendaval, maldita natureza que não o deixa em paz. Ele não quer mais ser escravo das leis, quer ser forte, quer ser um entre tantos, ser tão forte a torna tão fraca, bendita franqueza torna os normais tão fortes. Um dia talvez seja possível ser, e tão somente ser, e não depender do Ser para que seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu.

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Para provar que eu não abandonei o blog (kkk) estou aqui para fazer uma proposta.

1º sarau do Três!

Data a ser definida entre o fim de janeiro e começo de fevereiro de 2008.

Mas este sarau não é exclusividade dos Três, pois, o convite se estende aos conviodados e as pessoas que gostam de ler o nosso blog.

Aguardem.

foto: Márcio Brigo

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A unha está crescendo

*texto escrito por Gabriel Vendramini, convidado da vez.

A unha está crescendo, o cabelo também. Odores corporais estão vencendo, olhos ficando cheio de remela. Meia que estava no pé esquerdo saiu e foi parar atrás da cama, os pêlos da barba começam a encravar no rosto à medida que os segundos vão passando.

O celular está ao lado, em cima de um velho suporte onde você costumava apoiar a sua TV, ele foi programado para despertar daqui algumas horas, já que você não consegue acordar sem essa merda de toque escandaloso. A TV? Você não assistia mesmo, foi parar lá na cozinha. Logo ali, mais ao lado, está seu mundinho, sua bagunça. Você olha pra sua escrivaninha e promete todo dia a si que vai arrumar aquilo. Você faz? Ah, faz...Olha a formiga dentro do papel de Milkybar que você comeu há 2 semanas rindo de você. Seu computador está ligado à internet à noite inteira, como se fosse um servidor, um storage, acervo ilegal de mp3’s, filmes e seriados. Depois do segundo mês você parou de se importar com a conta de energia. Um ventilador quebrado, uma porta com maçaneta quebrada, onde foi parar a chave do cadeado da janela? E tinha um cadeado? E já houve maçaneta nessa porta? Merda de festas, merda de lembranças, merda de pessoas, merda de estado ébrio. Dentro do guarda-roupa, quase um silo, quase um abrigo para refugiados. De acessórios como suspensórios e braceletes a cd’s de jogos que costumava jogar quando tinha lá seus 12 anos. Os instrumentos de maior prazer estão ali no cantinho, no pé da cama. Seu violão que nunca teve marca e nunca teve elegância continua fazendo o mesmo som de 5 anos atrás. A sua primeira guitarra, com braço levemente empenado e trastes completamente gastos, ainda é sua melhor amiga. Roncando por causa da rinite que já foi mais incômoda no passado, dormindo até a hora de se levantar para a rotina de segunda a sábado.

E, de repente, durante a escrita, você tem um lapso, perde a linha do raciocínio e a vontade de escrever. O reflexo no vidro que está em sua frente não mente. Você está com aquela cara de merda olhando para o monitor pensando em como o dia de ontem foi ruim por ter tido que fazer uma horinha extra aqui, outra ali. Pensa nas coisas, se elas valem à pena, se estão valendo à pena, se vão valer num futuro próximo.

Alguém passou roçando rente à porta, pelo som que fez você até sabe que a calça era jeans. Outro que está dando um treinamento a operadores de telemarketing. A concentração é uma coisa engraçada, né? Se eu não tivesse conseguido ler alguns livros durante o curso de minha vida, eu podia jurar que tenho DAA.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

O nada

Trilha: "I'm Going Slightly Mad" - Queen
Citação: "Acho que ser natural e sincero é o que conta..." Freddie Mercury, sobre o sucesso

- Prefiro escrever aqui no bloco de notas mesmo, não tem frescura. é mais fácil pra fazer tudo, e não tem os chiliques tradicionais do Word.
- Cara pera aí.. ja são 00:20, amanhã(hoje) tem natação, aí vou acordar quebrado, é foda.
- Mas tenho q fazer esse texto logo, ja ta dando no saco a falta de imaginação que tomou conta ultimamente. Se fizer de uma vez sai mais facil.Além do que quarta vou viajar aí se não fizer agora só semana q vem, ai vai ficar enrolado demais.
- Porra, o cara atirou na menina lá na farmácia.. e o pior é que era a segunda vez.
- Quem sabe eu faça um no esquema que o Rogério fez, só duas vozes conversando sei lá sobre o quê.
- Começou o Jô, e agora acabou a concentração mesmo.
- Pera aí dexa eu escrever isso.
- Racho muito com essas burrices de vestibular... hahaha Mamute é elefante congelado...hahhaha
- perdi totalmente o fio da meada.
- Hunf, nenhuma entrevista q me chame a atenção.. é bom aí eu me concentro só no texto.
- O pior é que não dá... simplesmente não consigo fazer uma coisa só. Se eu ouço rádio tenho q ler algo. Se estou no PC tenho q estar com a TV ligada. Vai saber o porquê disso...
- Num tem nada de melhor passando, ô TV aberta q me mata...
- Será q um videozinho no meio do texto ajuda? O Roger pode até me processar por plágio depois dessa... hahhahaha
- Sagatiba
- Jogo do Brasil quarta? Tô fora, timinho sem-vergonha...
- Virado de frente pro computador fica mais fácil... não fico me desviando pra TV toda hora.
- Boa noite Márcio, vai dormir q eu fico aqui com esse bloqueio mental.
- Ainda bem q eu fiz o que ele falou, joguei fora o que tinha aqui pra fazer um completamente novo. Embora não tenha tido idéia ainda, pelo menos me livrei daquele lixo.
- Tinha foto do Heródoto Barbeiro la na Rádio na UMC.
- Tinha foto do Heródoto Barbeiro la na rádio na UMC. E daí
- Bons tempos aqueles... talvez os melhores... talvez não, sem dúvida.
- E nada... ABSOLUTAMENTE nada
- TV em sua forma mais legal, pelo menos pra mim... Naquela época q eu pensei q tinha escolhido o curso certo, as gravações e tal. As amizades... porra o Flog... lembra do Flog
- Acho q ta ficando muito igual do Rogério, minha idéia.
- Pior q ainda existe, acabei de acessar...caraca...
- Acho q foi assim q ele fez também.
- UMC Revista, Página Aberta. O q Significa. Depois ainda teve a segunda fase, mas ai ja era.
- Melhor escrever tudo depois arrumar girias internetisticas.
- 00:40, vai ser foda acordar amanhã...Hoje, sei lá...
- Se pá é até melhor deixar sem arrumar, vai dar a idéia de q eu tava colocando o q me vinha na cabeça mesmo, até com erros e tal.
- Pensando bem, me diga uma pessoa que não tenha um momento de esquizofrenia durante o dia. Porque pelo menos eu discuto comigo mesmo direto...
- Acho q vai dar pra postar hoje ainda...
- O pior é que falando disso a gente só lembra desse sintoma, várias vozes na cabeça... tem tanta coisa mais...
- Huum, mania de perseguição... essa era boa.. mas to vendo q ja ta grande, deixa queto..
- "elaborar frases sem qualquer sentido ou inventar palavras" achei onde eu me encaixo. Perfeito
- Agora... citação vai ser foda...
- Musica só pode ser Queen, esse mês só ouço Queen.16 anos sem o Freddie já... foda...
- A citação pode ser então tbm.. num tem nada a ver mesmo... o texto inteiro aliás..
- Blz entaum.. vou postar... o foda é q vai ficar parecendo o do Rogério...
- E tinha como não ficar?

sábado, 3 de novembro de 2007

Quotidiano

Os vídeos neste post são parte do texto!
Boa leitura e permita-se sensações.
Ei!
Você!
Isso você mesmo, pode me tirar daqui?

Ei!
Ta indo onde?
Volta!
Ow!

Será que vou continuar aqui até quando?
Cansei de tanta liberdade!
Até que as listras são coloridas, mas as paredes parecem menos brancas.
Ah móveis! Ia esquecendo de falar deles.
Sim, te um sofá branco, pra três pessoas, ta no canto da parede. Tem a TV mas ta sem controle. Não gosto das coisas sem controle. O computador só funciona pros relacionamentos.

Owwwwwwwwwwwww!
(acho que me ouviu)
Me leva junto?
Pra onde você for!
Desde que tenha estímulos...

Rádio tem!
Mas ta sem pilha, sem toca CD e sem AM e FM, até parece que toca os mesmos Patos. Me dá uma programação nova de presente, com locutor e tudo. Pra eu saber as horas,das noticias, dos horóscopos.

Tem o relógio!
Mas cansei de tanto TIC TAC

Minha prisão não tem muros, isso é pior, não quero ir e vir. Me indica o rumo.


Dom Quixote! O senhor por aqui!
Não, eu não insultei a bela Dulceneia! Não, não, não sou um moinho. Moinho gira. Num ta me vendo parado. Para com isso, não estou entendendo suas palavras empoladas. Pode ser mais 2000. Para.
Não Sancho! Para Sancho!
Vocês gostam mesmo de apanhar.
Dom quixote!
Ow!
Desculpe.
O Senhor esta bem?
Ih caramba!



Essa realidade é mais legal, tenho até um amigo. Imaginário vamos fazer um filme?
Não, não! Não precisa ser agora. Também to com preguiça!
Do que?
Ora!
Do nada ué! Isso me preguiça.
E você ta com preguiça do que?
Quer morrer?
Isso vamos morrer! Você vai primeiro; ai se morrer direitinho, eu vou depois!




Imaginário!
Imaginarioooo!
Imaginarioooooooooooo! Você morreu mesmo?
Brincadeira!
Ufa! Me pegou, seu fanfarrão; brincadeira mais sem graça. Era só pra ver se eu tenho coragem!
Tenho sim! Ta aqui atrás de minha chama Leão.
Vai pra casa? Ah tem medo de leão!
Mas volta mais tarde?
Tchau Imaginário! Sempre bom estar contigo.

Ah aqui é o trabalho, nem percebi que já estava aqui!

Num vou falar do trabalho, aqui é só cadeira, mesa, computador, livro...
Já sei!
Vou me apaixonar! Você não. Você também não. Você num quero. Muito nova. Muito magra, muito gorda, muito comum, muito diferente, você também não. Aquela ali, hum deixa eu ver.

Pernas tremendo?!
Não!
Mãos suando?!
Não!
Coração acelerado?!
Não!
Cara de bobo?!
Não!
Sexo! Sim! Hum! E ae? Foi bom pra você? Obrigado não fumo.
Bom ela me disse que trabalha no correio e namora um menino eletricista. Acho que vou me apaixonar! Ah vo não!

Já sei!
Sonho!

Coberto com açúcar de confeiteiro, creme, massa assada, bem grande!
To sim acordado!
Sonho é bom, nossa já to aqui!
Ei cadê a sua cara? Mas eu sei que é você, mas onde ta a sua cara?
Ih! Mudo denovo; voando;
Não num quero, sempre eu caio e acordo.
AHHHHHHHHHHHHHHHHH!
Foi um sonho bem grande, com massa assada, creme, coberto com açúcar de confeiteiro. Ainda bem que sempre tem mais de um sonho.

Tudo bem?
Ta me seguindo?
Eu to parado, como pode ta me seguindo?
Já sei ta brincado de sombra!
Também sei brincar disso. Estatua!
Huahuauhauha! Não conseguiu fazer.
Você ta me dando medo.
Vai embora, não quero companhia.
Ufa, despistei!
Você de novo?
Vem sempre aqui?
Sempre quis usar essa frase!
Entendeu, vem sempre aqui (tum dum dum tissss)
Melhor parar com a brincadeira.
Vou chamar a policia! Eu não fiz nada, eu juro, so inocente, ele que tava me seguindo, eu só me defendi, nem bati, nem atirei, eu tava aqui parado, sem TV, sem controle, sem rádio, o imaginário pode confirmar, tinha até o sonho, comi oras, passional! Ta loco! Isso é coisa do Dom Quixote. Fala a verdade!
Eu sei! Foi ele!

Ei! Onde se vai?
Agente ainda não terminou a discussão!
Abre a porta! Desliga a merda da sirene.
Fui eu! Fui eu! Eu

Ah!
Ta chato!
Vou parar!
Tchau!

terça-feira, 31 de julho de 2007

O Pastor, o início

Citação: "I'm the lizard king, I can do anything" Jim Morrison

O Pastor

Nada. É tudo o que eu ouço neste momento. É o silêncio mais insuportável que alguém poderia imaginar. O cano fumegante de Rita, minha Magnum 44, me lembra de minha sina, do meu Carma.


- Se você quer saber, não é de hoje que meu instinto assassino espanta as pessoas. Aos 9, matei um gato com uma fúria que só não era maior que o sorriso que carregava no rosto naquele momento. O espanto dos parentes já não foi tão grande quando tinha 14 e esmurrei um garoto que ousou caçoar de mim na escola. Os professores diziam que o exemplo vinha de casa, até hoje tenho dúvidas. Eu nunca fui covarde como meu pai. O imbecil bebia todo o dinheiro da família. Em casa, espancava minha mãe até ela desmaiar. Quando fiz 18, decidi que aquilo tinha que acabar. Na oportunidade que se seguiu, meu pai só teve tempo de erguer a mão até a bala do meu 44 morrer no seu peito. Pra garantir, tripliquei o serviço, cravando uma bala em cada olho do miserável.


- Esperava somente o agradecimento de minha mãe, porém, recebi um tapa na face que doeu mais do que se ela tivesse me atingido com uma faca afiada. Fui expulso de casa no mesmo instante. Naquela noite, não consegui dormir. Andei de bar em bar procurando amenizar minha agonia, porém só encontrei o fundo do copo. No último deles, arrumei uma confusão sem precedentes. Enquanto me atracava com 2 ou 3 brutamontes, não percebi o elemento escondido atrás de mim, que cravou uma bala de 38 na minha nuca - ou melhor, tentou. A bala bateu em meu crânio e rachou-se como se feita de giz. Todos fugiram assustados com a cena. Eu também tentei fugir. A minha primeira medida foi tentar de novo. peguei minha Magnum 44 e atirei contra meu próprio peito. Qual foi minha surpresa ao ver o mesmo acontecer. Não sei se foi o excesso de bebida, mas aquilo me deu um novo propósito de vida. Juro que até enxerguei a vontade de Deus naquilo. Desde então tenho me dedicado a caçar persistentemente qualquer assassino que encontro pela frente. Uma vendeta alucinada, tentando preencher o vazio que me completa. Ja fui ferido algumas vezes. Nunca por balas. Não entendo até hoje o porquê de ter o corpo "fechado" contra projéteis. Nem se o terei até o fim da minha vida.


Sei que estou condenado. Quando Ele resolver me levar, tenho certeza que não vai ser para um bom lugar. Mas é o trabalho d’O Pastor. Sacrificar-se para o bem do rebanho, conduzindo-o para seu rumo correto. Não, não penso que sou uma espécie de Messias, sou apenas uma conseqüência do caos existente no mundo. Dizer que Deus escreve certo por linhas tortas é bobagem, lugar comum. Na verdade o ser humano é que não sabe ler. Se me arrependo do que faço? Claro. Mas alguém tem que fazer o trabalho sujo, não? Estou preso numa redoma de falsidade e mediocridade que eu mesmo criei, estive aqui ontem, hoje; amanhã pago por isso.


- Agora, seu espanto foi algo comum. Você descarregou toda sua munição contra meu peito e nada aconteceu. Por quê? Eu sou O Pastor e creio que respondi a questão que me fez antes de eu enfiar uma bala em sua cabeça. Pena você não ter me ouvido, estava muito a fim de um papo hoje. Quem sabe na próxima.


É o silêncio mais insuportável que alguém poderia imaginar. É tudo o que ouço neste momento. Nada.

segunda-feira, 9 de julho de 2007

As seis Maravilhas e o Cristo

Trilha:
Citação: "o patriotismo é o último refúgio dos canalhas" - Samuel Johnson

Tenho alguns textos preparados para postar no blog, e enquanto escolhia entre um deles me deparei com a notícia que o Cristo havia conquistado um lugar entre as novas Sete Maravilhas do Mundo. Não votei nele. Achava forçada demais a campanha feita em cima disso. Após a eleição descobri que muitos blogueiros, internautas e etc compartilhavam da minha opinião e resolvi então dar uma atenção maior a isso. Cheguei à conclusão de que esta tal votação, além de ser algo totalmente informal e sem valor histórico, é injusto! Explicarei minhas razões para achar isso, divididos nos dois blocos: Sem valor histórico e injustiça.

Lado histórico: após uma breve pesquisa, constatei que as maravilhas originais eram parte de uma lista atribuída a Antípatro de Sídon. Ganhou Popularidade entre as regiões mediterrâneas e se estabeleceu como "oficial". Somente uma das Sete Maravilhas originais permanece inteira, as pirâmides de Gizé (Quéops, Quefren e Miquerinos). Devido a esse fato, sempre se cogitou a escolha de Maravilhas do Mundo Moderno, ou seja, que permanecem intactas. E eu, em pesquisa rápida encontrei 15 listas com essas Maravilhas, sempre variando muito umas entre as outras. 15! Aposto que a Globo não divulgou isso no Jornal Nacional.
A votação dessa "nova lista" foi elaborada por um milionário que, sem ter o que fazer, decidiu fazer uma pesquisa global, envolvendo todos os países. O que ele esqueceu foi de promover uma divulgação igual entre todos os países. O Cristo Redentor, a Muralha da China e Machu Picchu, por exemplo, tiveram o apoio de estratégias de marketing. E quanto aos outros? Todos nós sabemos que o Bradesco deu um apoio gigantesco à candidatura do Cristo e que a Globo... bom, a Globo não precisa nem falar. É óbvio também que países com maiores populações teriam mais chances de emplacar seus candidatos ainda mais que por SMS ou ligação, o "eleitor" poderia votar mais de uma vez.
Isso não é só eu quem está dizendo... o jornal alemão Berliner Zeitung, publicou: "a pré-seleção dos monumentos foi surreal, com campanhas histéricas sendo lançadas na Jordânia, no Brasil e mesmo na Bavária. A nova lista se firmará? Dificilmente. A África e a América do Norte estão ausentes. Também porque a América Latina votou por si e contra os estrangeiros". Já o espanhol El Mundo classificou a votação como uma "farsa em escala global" e completou: "após o sucesso comercial deste concurso, é certo que dentro de pouco tempo serão organizados outros para eleger as sete belezas naturais do mundo ou os onze melhores jogadores de futebol da história". Ai alguns "patriotas" poderiam dizer: "mas isso foi só porque os indicados da Espanha e da Alemanha não ganharam" e se fosse o brasileiro que tivesse ficado de fora? Até imagino:
"tantan tantantan tantantantan panananã nananananã (música do Jornal Nacional, para quem não reconheceu)
Fátima Bernardes: Boa noite!
Willian Bonner: Boa noite! Um resultado surpreendente na votação das Sete Maravilhas do Mundo.
Fátima Bernardes: O Cristo Redentor ficou de fora da lista, que é apenas uma pesquisa informal sem o apoio da Unesco."

Lado Injusto: Deixando de lado as considerações do ítem anterior, analisemos a escolha. Dentre as Sete "Maravilhas" escolhidas, TODAS tem um valor histórico e/ou cultural a seu favor, menos o Cristo. Vejamos alguns: A Muralha da China começou a ser erguida em 220 a.C e foi terminada nos moldes atuais no século XV. Uma construção que, estima-se, necessitou do trabalho de 1 milhão de homens e que tem por volta de 5.600 Km de extensão. Chichén Itzá foi fundada por volta de 400 d.C e é um marco da civilização Maia, que habitava o México. Impressiona pela complexidade das construções, feitas a tanto tempo... E o Cristo? qual a importância histórica da construção? e cultural? foi construído no século XX e inaugurada em 1935, quando ja existia até avião. Tamanho? 38m, contando a base. O monumento do Cristo Rei em Portugal tem 110 m contando o pórtico e não está na pesquisa. Creio eu que seja uma grande injustiça o Cristo ter entrado e tomado o lugar de obras muito mais importantes. Exemplo: A Ácropole de Atenas, que foi construída por volta 450 a.C!!! e que tem um valor cultural inestimável. Os moais da ilha de Páscoa são ainda mais impressionantes: A ilha é o lugar habitado mais isolado do mundo, e essas esculturas que pesam várias toneladas(!) desafiam estudiosos do mundo até hoje acerca de sua origem obscura. Tal qual Stonehenge na Inglaterra, que também desafia astrônomos e matemáticos já que as pedras foram construidos com conceitos matemáticos (como o pi) que só seriamm "descobertos" dois mil anos depois. a construção do monumento foi de 3100 a.C(!) até 1100 a.C e envolveram, por estimativa, trinta milhões de horas de trabalho!!! Só citei alguns, mas ja da pra deixar as perguntas:
- Será justo o Cristo tomar o lugar de uma dessas construções fenomenais? (quem sabe daqui uns dois mil anos)
- e pra você que votou no Cristo, se ele não ficasse no Brasil, você votaria nele? e sem essa de patriotismo, por favor. Pois votar no Cristo não é patriotismo pra mim, e sim melhorar o seu país. Senão, poderíamos começar a votar no Barrichello como o melhor piloto da atualidade, votar no Lula como o melhor Presidente, etc. Isso não tem nada a ver.
E vocês, o que acham?

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Um dia no divã

UM DIA NO DIVÃ
Por André Carvalho

Para ler ouvindo “Eu não uso sapato”-Charlie Brown Jr.

Certo dia, o delegado me chamou na sala dele e informou que todos os policiais devem uma vez por mês fazer uma consulta com um psicólogo devido ao grande número de reclamações de violência desnecessária utiliza pelos policiais. Me entregou um cartão de uma psicóloga conveniada com a polícia.Sai da sala dele não entendendo o motivo disso tudo, já que acreditava que fazíamos o que deveria ser feito.

Mas como eram ordens superiores eu liguei e marquei a consulta. Nunca havia me consultado com um psicólogo, achava coisa de filhinho de papai, ou mulher. Sou uma pessoa fechada, amigos só tenho meu cachorro, um pastor alemão que trabalhou para a polícia durante anos e quando se aposentou eu o adotei.

Cheguei ao consultório um pouco nervoso, sem saber ao certo o que estava fazendo ali, e a psicóloga (que era linda, se não fosse à situação constrangedora a convidaria para sair) começou com as perguntinhas básicas:

-Nome completo
-André Batista Carvalho
-Idade
-30
-Estado Civil
-Solteiro
-Filhos
-Nenhum
-Tem dificuldades para dormir?
-Sim
-Sente dores na cabeça?
-Frequentemente
-Faz algum tipo de tratamento?
-Não
-Já matou alguém?
-Esta é a minha profissão doutora.
-Já matou alguém inocente?
-Acho que sim
-Está há quanto tempo na policia?
-12 anos
-Toma bebidas alcoólicas?
-Sim
-Fuma?
-Sim
-Usa entorpecente?
-Dei uma risada e ela entendeu o que eu quis dizer.

-Agora peço que relaxe, e me conte a historia de sua vida, desde pequeno me fale sobre sua família, como entrou para a polícia, você começa a contar hoje e continuaremos nas próximas sessões. Pode começar.

Mas eu não comecei, travei, não consegui me expressar, não consegui dizer uma só palavra sobre minha vida, pedi desculpas, levantei e fui embora.

Peguei meu carro e fui para minha casa. Coloquei uísque em um copo, acendi um cigarro e pensei no que havia acontecido. Comecei então a pensar na minha vida. Lembrei do meu passado, como um filme que passa na sua frente.

Minha família era eu, minha mãe e minha irmã (mais velha). O senhor que se dizia meu pai fugiu com a vizinha. Minha mãe faleceu quando eu tinha 15 anos então vivi com minha irmã até que meu cunhado me expulsou da casa deles quando eu tinha 17 anos, porque me achava um adolescente problemático. Entrei para o exercito e quando sai consegui um emprego na polícia.

Não vejo minha irmã há anos, não tenho amigos. Não tenho namorada pois nunca consigo me envolver emocionalmente com elas (isso é o que todas dizem quando acaba). Não entendo isso, porque eu tenho que enviar flores todos os dias dos namorados?Porque eu tenho que ligar no dia seguinte?Porque eu tenho que participar dos almoços familiares chatos de domingo?Eu nem consigo me lembrar se almocei ontem, porque tenho que lembrar das datas de aniversários dela, da mãe dela, do pai, do irmão, do papagaio, do cachorro, de namoro?Porque as mulheres ligam para essas coisas?

Chamam-me de insensível, porque não me apego a ninguém e mato desconhecidos a sangue frio. Mas como ter dó de uma pessoa que nem conheço,não tenho nenhum tipo de afeto?
Depois de pensar durante horas, resolvi escrever e entregar para a psicóloga na próxima sessão juntamente com um convite para tomar um café. Não sei se ela irá aceitar depois de conhecer um pouco da minha personalidade fria, mas eu adoro um desafio.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Chá de Lembrança

Para Ler ouvindo: Teresinha - Chico Buarque

Dona Teresinha estava feliz em receber a neta para um chá, afinal, muito coisa tinha acontecido nos últimos tempos, era bom um pouco de paz para variar.
- Como estão seus pais? – Perguntou para Luzia sua neta.
- Agora o pai acalmou, mas a mãe ainda anda muito nervosa, quando eu sai ela ficou resmungando, não queria que eu viesse.
- Ainda se eu fosse uma sogra ruim! – As duas riram. Luzia tomava um gole de chá e no meio parou quase se engasgando.
- Minha filha calma tem mais chá no bule – disse no tom irônico que a neta tanto gostava de ouvir.
- Não, não é isso vó Tê, quando eu estava saindo minha mãe gritou lá de dentro.
- Pede para ela contar a historia dos três amores pra você!
Dona Teresinha parou de tomar o chá e se aprumou na cadeira. Mulher elegante alta e ainda muito bonita, parecia que se preparava para uma luta, respirou fundo e disse:
- Minha filha, sua mãe me culpa pelo que aconteceu a você, para ela sou má influencia – fez um coque em seus cabelos louros, respirou fundo mais uma vez, como que tomando coragem para pular em uma piscina - Ainda bem que temos tempo!

Bem, meu primeiro amor foi quando eu era uns dois anos mais nova do que você é agora, tinha um namorado no colégio, era louca por ele. Sabe aquela historia de escrever Tê e Se - o nome dele é Sergio - em folhas e folhas de caderno? Pois é tudo ia muito bem até ele terminar o colégio, ele começou a trabalhar, comprou carro – usado é verdade, mas comprou - viajava pela empresa, claro que o seu bisavô não deixava ele me levar, mesmo assim saímos muito, até umas baladinhas. Luzia na sua cara tem uma pergunta, que eu já adianto, não fiz amor com ele. Mas, nada disso era problema. Depois que ele se consolidou no emprego recebeu uma proposta de trabalhar no sul. Bom emprego, bons benefícios e muito dinheiro. Meu pai disse que para sair de casa só casando, mas mesmo assim ele disse para eu aceitar. Minha mãe me disse o mesmo. Meus amigos me disseram o mesmo. Meu Deus que dúvida!

- Luzia sua mãe diz que somos muito parecidas – a garota olhava para a avó fixamente como que hipnotizada – o que acontece quando todo mundo diz para você, por exemplo, dizer sim?
A garota acordou de um transe e respondeu automaticamente.
- Digo não!
- Pois foi o que eu fiz, disse não a primeira chance de ser feliz em minha vida.
- Sem medo de se arrepender? – perguntou a garota colocando uma almofada em suas costas e mudando de posição na cadeira.
- Ah! Eu me arrependi sim! Liguei para ele, mas pelo tom do alô percebi que as coisas tinham mudado, tudo bem que já tinha se passado quase dois anos. Chorei, mas passou.

E daí em diante minha vida mudou drasticamente, meu pai ficou doente e logo morreu, a situação ficou difícil, minha mãe nunca disse nada, mas eu via nos olhos dela aquela frase:
- Se você estivesse casada tudo isso seria diferente.

- Vó a senhora já trabalhava na lanchonete?
- Não eu trabalhava em um posto de gasolina, usava um shortinho, minha filha! Tinha um corpão esse cabelo aqui era bem mais loiro e vinha até a cintura.

- Eu lembro achei uma foto. Linda vó! Meu pai morreu de vergonha e minha mãe meteu a boca – disse a garota que parecia incomodada com a cadeira.
Teresinha fez um gesto com a cabeça como que dispersando o comentário da mãe de garota e continou.

O meu segundo amor tem muito a ver com o seu pai, Nesta época eu trabalhava das dez da manhã as sete da noite, ia pra casa tomava um banho onde o que escorria para o ralo era gasolina e, um dia sim e outro também ia eu para a balada. Minhas amigas não acreditavam que eu era virgem, e as vezes nem eu, e fui seguindo essa vida. Não me orgulho disso, pois, a cada dia que passava me distanciava mais da minha mãe. E foi ai que Edmilson apareceu, pra ser franca não me lembro bem como foi, estava muito bêbada. Luzia já faz mais de 30 anos que eu não bebo, mas não posso negar estava mesmo. Ele sempre estava na balada de tanto ficar, ficamos, se é que você me entende? Finalmente mulher! Mulher como nas novelas, nos filmes e como minhas amigas. A vida sexual era muito mais interessante, dificilmente eu dormia em casa, dificilmente eu dormia em alguma casa, eram motéis, quando eu dormia, minha casa só para tomar banho e quando dava tempo.

- Nossa vó! Como a senhora conseguiu manter o emprego? – Luzia se levantou e ficou em pé atrás da cadeira, quando sua avó olhou com cara de interrogação Luzia apontou para suas costas. Teresinha voltou a sua narrativa.

Como eu disse, vivia muito louca e nessa época não tinha muita noção das minhas situações e responsabilidades, pois alem da bebida tomava outras coisas bem mais pesadas, me lembro de ter ido trabalhar trocando as pernas, e muitas vezes me mandavam para casa entes de terminar o dia. Luzia depois de muito tempo descobri que só não fui mandada embora por que minha mãe foi várias vezes chorar ao gerente para eu ficar no posto. Edmilson era um homem espetacular, me fazia muito feliz, ou seja, me mantia bêbada!

- Luzia sua mãe sempre se incomodou com a minha sinceridade ao contar esta história.
Luzia colocou mais chá em sua xícara e perguntou:
- Por que o segundo amor da sua vida tem a ver com meu pai?

Filha conforme o tempo foi passando eu percebi que Edmilson não trabalhava e que eu o estava sustentando, o chamei para conversarmos, e essa foi a única vez que me lembro de ter conversado com ele. Edmilson não gostou, estava bêbado como sempre, ficou muito violento, tanto que me bateu. Luzia meu pai morreu com oitenta e cinco anos, sem nunca ter me batido uma única vez. Quebrei uma garrafa na cabeça dele e depois disto nunca mais nos vimos ou falamos, soube que ele foi preso pouco depois, mas eu já estava muito, muito ocupada nessa época.
Eu vivia tão bêbada que em menos de três dias estava com um, ou outro, ou os dois ao mesmo tempo, não importava quem. Minha filha não sei como não peguei uma doença.

Teresinha olhava para o longe como se procurasse a resposta em seu passado.
- E meu pai? – Perguntou a garotinha enquanto esticava seus cachos loiros para frente.
Sem se mudar de posição Teresinha continuou:

Eram umas dez da manhã de um domingo, eu estava voltando da balada obviamente bêbada, como sempre, e como sempre achei de vomitar em algum poste, mas desta vez foi muito forte, forte como eu nunca tinha sentido antes. Luzia para evitar detalhes desinteressantes a um café da tarde, estava quase desmaiando quando um homem apareceu e me pagou no colo, ele não disse nada, acordei no hospital com minha mãe desesperada, o médico disse que eu tive muita sorte de não perder o bebê.

- Bebê? – disse quase gritando Luzia – Eu sabia que meu pai não é filho do vô, ate porque ele é moreno e o vô bem clarinho...
- Isso mesmo minha filha, grávida de Edmilson – disse Terezinha interrompendo a menina como que para evitar alguma coisa – um homem sem futuro, este assunto sempre foi tabu, mas, agora que você também está grávida, e sem ter se casado, acho que não precisamos manter nossos tabus.
A garota fez sinal afirmativo com cabeça fez um carinho em sua barriga de sete meses e perguntou:
- Esse homem é o seu terceiro amor?

Sim, mesmo na situação que eu estava o rosto dele ficou gravado na minha mente, perguntei a minha mãe, ela disse que ele morava na nossa rua desde pequeno.
Como eu havia passado os últimos quatro anos bêbada não o tinha visto me olhar com olhares de desejo, esse termo foi o que minha mãe usou.
Eu fui encontrá-lo para agradecer a ajuda, que tragédia, ele disse de imediato:
- Teria feito isto por qualquer outro bêbado!
Luzia eu quase cai, na verdade eu cai, mesmo porque tive um enjôo fortíssimo e vomitei no tapete dele. Já não sabia mais onde colocar a minha cara, me desculpei e quando estava me levando embora ele me chamou para sair, perguntei se ele saia com bêbadas, e ele disse
- Você não via beber comigo. – Essa frase foi tão forte para mim que aceitei.
Saímos, sair de dia era tão estranho, ele me levou a uma fera de animais, fazia tempo que eu não me sentia tão viva. Conversávamos sobre tudo, menos sobre meu passado. No final do passeio já de noite ele me abraçou e estava quase me beijando quando eu parei e disse que estava grávida, ele respondeu.
- Isso não é problema pra mim, é pra você. – Estava selado o meu terceiro amor.

- Qual o nome dele vó? – disse Luzia se sentando de novo.
- Francisco – disse Terezinha automaticamente.
A garota se mexeu para dizer algo mas sua avó a interrompeu.
- Sim foi assim que eu conheci o seu avô. Digo seu avô, pois, foi ele quem criou seu pai, e como nós sabemos que pai, é aquele que cria.
- Nossa vó que historia forte!
- Minha filha – disse Terezinha molhado a boca no chá – essa historia que eu te contei não tem quase nada de romântico, e eu a conto sempre, porque ele tem fatos que vivi, são amores que eu tive e tenho, lembrando estes amores e tragédias eu continuei mais quarenta anos tive mais três filhos e cinco netos. Minha filha eu já errei muito. Mas, nunca cometi o mesmo erro duas vezes.
Luzia se ajeitou na cadeira com uma mão acariciava a barriga e com a outra os cabelos.
- Por que minha mãe não gosta desta historia?
Terezinha que se manteve a conversa inteira na mesmo posição, sentada em sua cadeira achou que era hora de variar, pegou uma torrada e se levantou.
- Bem minha filha, como hoje é dia de quebrar tabus, vou te contar como a sua mãe conheceu meu filho e a família toda...


Não podia teminar este texto sem a referencia musical de sempre.




Este texto foi escrito no ultimo dia 19 junho aniversário do homem.


Márcio Brigo é dono do blog Estação Visão passe por lá.
P.S.: Esta história vai virar roteiro, quer produzir?

terça-feira, 12 de junho de 2007

Por que comigo?

Diário de Roberta
Hoje nós faríamos dois anos de namoro.
Junto com as lembranças, o que mais me incomoda é sentir as pernas trêmulas toda vez que eu o vejo. O meu coração me trai e parece pulsar por conta toda vez que vejo aquele sorriso. Se tivesse domínio dos meus sentimentos não mais choraria, minhas lágrimas seriam substituídas por sorrisos sem graça.
Dois anos.
Luto a cada dia contra esse sentimento que me consome. De olhos fechados sinto o seu toque sobre a minha pele, desperta o gosto do nosso beijo, as palavras que por muito jurei sinceras despertam dores inexplicáveis.


Sempre me pergunto por que acabou?

- Preciso te falar uma coisa séria!
- O que?
- Quando te encontrar eu te falo.
- Você sabe que eu sou curiosa! Me conta vai.


Que papel de boba eu fiz.
Não, Não, NÃO, NÃO! VOCÊ NÃO PODE! Eu te amo! NÃO NÃOOO!


E quanto eu mais eu chorava, mas eu via ele ficar distante, mais sentia minhas forças se exaurir, mais eu desejava que aquele dia não tivesse existido.


- Por quê? Eu o que fiz de errado?
- Eu posso mudar!
- Não!
- Eu quero um motivo!
- Nosso amor não pode ter acabado!
- Eu não acredito!


É difícil me colocar de pé nesse aniversário de dois anos, as lembranças ainda estão vivas. Cada centímetro do meu quarto me lembra ele. Ainda tenho vestígios do espelho quebrado suspenso na parede, há pedaços de foto debaixo da cama e apesar de saber que isso me maltrata não consigo coloca-lo de fora da minha vida.
Os frascos de remédios me parecem a única saída. A dor que sinto é física. Estão apertando o meu coração dentro do peito, minhas pernas formigam, minha cabeça parece explodir de tantas lembranças. Tudo dói! Meu peito dói!
Eu que acreditei no amor. Eu que sempre fui descrente, duvidei que ele pudesse existir, e que o via acontecer comigo, que mergulhei de cabeça. Sinto agora minha vida escorregar por entre meus dedos e por mais que queira as lágrimas teimam em cair e somente agora confessando tudo pra você meu amigo diário, sinto minha respiração mais calma.
Não sei se vou conseguir sair dessa, você acompanhou tudo, as horas de felicidade, as brigas que tivemos, as viagens, todos os nossos planos. Ainda tenho guardado o primeiro papel de bala, o recadinho que ele me mandou por um amigo.


NÃO CONSIGO SENTIR RAIVA!
Por que não consigo tirar ele de dentro de mim?


Abri mão de tudo, vive só pra ele, larguei meus amigos, adiei meus sonhos, festas, baladas, estudo, noites de sono, abri mão de mim. Seus planos passaram a ser meus, não liguei quando ele não percebeu que me vesti especialmente pra ele, não me ofendi quando me chamou de gordinha, não briguei quando me apresentou as amigas da faculdade. Respeitei seu espaço, seu orkut, seu e-mail, seu celular. Sua vida era a minha.


Como pude ser tão burra?
Como pude amar tanto uma pessoa que sempre me colocou em segundo plano, que não me valorizou, que, que , que, que..


Por que não consigo separar a raiva?
Por que mesmo sabendo tudo isso continuo tendo ele nos meus pensamentos.
Eu sei que tenho que ser forte!
Mas me diz como! MERDA!


Tem duas semanas que tudo aconteceu, tem duas semanas que só tenho feito chorar, chorar lágrimas de agonia, lágrimas de tristezas, lágrimas de um sonho esvoaçado e o pior de tudo lágrimas de esperança, por um amor que um dia pretendo reater.


NÃO!
Eu jurei!
Não posso me diminuir mais. O amor não existe, tudo não passa de uma invenção do homem para acabar com os dias de solidão. O Amor não é palpável, tangível, imensurável, é tudo invenção e eu acreditei, eu quis pegar, eu quis sentir, eu quis contar.


Por que dói tanto?
EU TE AMO!
O problema não é você?! Qual o problema? Se não tem problema por que acabar?


Tudo é amargo! Agora eu entendo o cinza! Entendo a canção!
VOLTA!
Eu preciso te contar uma coisa.


Meus pensamentos estão confusos, não sei mais o que escrever. Amigo vou parar por aqui, já passei da sexta folha, já ta tudo ficando borrado. Antes eu preciso de contar uma coisa, um segredo nosso!


Acho que estou grávida.


Por Roberta Ferreira

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Um dia comum

por Elen Araujo

Trilha:

Hoje o dia começou como sempre. Levantei-me da cama, tomei um banho quente para espantar o frio que sentia e aquela vontade imensa de ficar na cama. Sexta-feira é complicado, o cansaço da semana é massacrante. Ainda mais quando todas suas amigas estão curtindo o feriado e você trabalha feito uma camela. Deixo esses pensamentos serem levados ao ralo junto com a água. Tenho preocupações maiores. O aluguel atrasado é uma delas, assim como a conta na farmácia que esse mês está absurda. O que acontece com essa gripe que vai e vem?
Saí do banho e me joguei no armário pra me vestir, saí de lá com a primeira combinação que achei, não me importo com isso, estava com frio. Na cozinha fiz um pão integral com margarina que faz bem ao coração, como eu vi na TV. Tomei um leite de soja, que é muito nutritivo e não engorda. Tomei um iogurte que regulariza o funcionamento do meu intestino. Não gosto de nada disso, mas engulo.
Cheguei ao trabalho antes da hora - como de costume - e coloquei as minhas coisas em ordem. Tentei adiantar ao máximo meu serviço pois quando meu chefe chega, não consigo fazer mais nada. Dito e feito, ele chega e eu passo a fazer tudo o que ele me pede (manda). "Você não estudou pra isso" diria meu pai, e estou quase me convencendo do mesmo.
O período da manhã passou e no almoço meus sacrifícios continuam. Vou pular essa parte pois você ja está cansado de me ouvir reclamar disso. Voltei ao meu cubículo e meu chefe continuava "vomitando" ordens para mim. Percebi que até aquele momento ninguém havia perguntado como eu estou. Às 17:00 em ponto vi um rapaz que tem apenas 15 meses de casa ser promovido (pela segunda vez) e sintí novamente aquela vontade de chegar na sala do patrão e me demitir, contando 1 hora de verdades à ele. É tarde. Ele foi embora e eu continuei calada. Vim embora pra casa e enfrentei aquele trânsito infernal de novo. Sentí vontade de passar por cima de todos.
Quando cheguei em casa me vi sozinha, da mesma forma que estive o dia inteiro. Tomei um banho demorado e depois enganei algo para comer. Ao deitar repasso tudo que fiz no dia, escrevendo pra você. Finalmente me sinto feliz, sou uma mulher independente e não preciso da ajuda de ninguém para viver. Amanhã vou acordar e aproveitar o fim de semana, mas aí já é outra estória.

domingo, 3 de junho de 2007

Cavaleiro Azul

Para ler ouvindo qualquer uma da Enya.


Esta frio, eu estou em uma rua estranha, será um sonho? Com certeza é um sonho. Ou não? Eu estou vendo uma porta, não, é uma loja. Mas que frio, a neve começa a cair. Parece que a loja esta aberta, que luar estranho.
Tem uma mulher de verdade em uma caixa de boneca no canto da loja, eu vejo um Porshe lá no fundo, mais que tipo de lugar é esse? Há uma montanha de ouro em um quarto com a porta entre aberta. Eu acho que tem de tudo aqui.
- Você quer levar algo? - quase morro de susto quando o homem se aprozxima por trás de mim e fala isso.
- Acho que não, eu não tenho dinheiro - disse meio sem jeito.
- Aqui você não precisa de dinheiro só precisa me dar alguma coisa que tenha com você. - Algo que eu tenha, ta muito frio, eu não vou dar uma peça da minha roupa para esse cara.
- Por enquanto eu estou só olhando.
Que lugar incrível será que tem de tudo aqui?
- Aqui o senhor pode encontrar de tudo o que quiser. - Diz o homem como que respondendo ao meu pensamento.
Bem se há de tudo aqui será que tem...
- Aquilo ali quanto custa? - Pergunto ao homem.
- Qualquer coisa que você queira trocar.
- Pode ser os meus óculos?
- Sim pode.
- Ok mais me deixa olhar outras coisas primeiro.
Ando por toda a loja mais não consigo pensar em outra coisa que não seja aquilo.
Sento-me no Porshe, não tem nada a ver comigo. Há uma roupa de morcego com botas e cinto, já passei desta fase. Um tapete voador, não, muito distante dá minha realidade.
Eu volto para aquilo.
- Posso toca-la? - pergunto meio sem jeito.
- Claro. - diz o vendedor.
- Mais será que eu consigo levantar esta espada?
- Tente - diz o homem com a voz calma.
Eu prefiro primeiro admirar. Admirar a espada.
A espada repousa em uma caixa de vidro onde posso ler em escritos elficos Alma dos Céus, (Eu sei ler em elfico?) tem o cabo que perece ser de veludo azul. Abro a urna de vidro com dificuldade, pois é bem pesada. Vou tentar levantar espada, pois ela é muito grande e parece muito pesada. Tento levanta-la. Algo de estranho acontece, não estou mais na loja, sou um cavaleiro usando uma armadura de metal azul (?), estou balançando a espada sobre a minha cabeça a mesma espada que a pouco eu nem conseguia levantar, estou correndo por uma campo onde duas legiões se enfrentam, tem algo estranho embaixo da armadura, são músculos (?). Eu estou com boa parte do corpo coberta de sangue, mais não é meu e sim dos inimigos, meu cavalo esta caído atrás de mim, estou correndo para atacar um inimigo que também corre em minha direção com um machado, ele é bem maior que eu, barbudo e cabeludo. Agora eu vou enfiar a minha espada no seu peito, ou ele vai abrir o meu crânio.
Tudo branco!
Estou de volta a loja com espada nas mãos.
- Vamos trocar - digo entregando meus óculos para o homem.
- Sim, mais qual é o seu nome?
- Cavaleiro Azul.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Sejamos todos Papas!

Oração de São Francisco" por Ana Carolina
http://www.youtube.com/watch?v=RvK8YYu5ME4 "

Agora, pois, permanecem a fé, a esperança, e o amor, estes três; porém o maior destes é o AMOR..” (1Co. 13.13.)

Alegre estou e alegre ficarei com a visita do Papa!
Sou católico apostólico romano e FUI praticante.
E a visita do Papa me fez recordar de momentos bons e mágicos que vivi durante 6 anos da minha vida. Me lembrou dos amigos, da comunhão com Deus, das músicas, de aprender a abraçar um amigo, em praticar a solidariedade sem importar quem, me faz recordar ficar no alto de cruz como Cristo para uma apresentação. Que nem diria o compositor que tempo bom que não volta nunca mais.

Mas alegre fiquei mesmo, porque me senti Papa.
A figura humana, frágil, a figura que pode ser minha, podia ser sua, podia ser do seu amigo ao lado, a figura de um homem que pode cometer erros, que é falho, que pode ser pecador como outro homem qualquer. Me senti um sucessor de Pedro, alguém cuja missão e multiplicar as histórias de luta de um homem, histórias de milagres e principalmente num legado de esperanças. Se perguntar a você o que é Fé, prontamente você me responderá, se perguntar o que é religião, vai me enumerar uma lista imensa com prós e contras, se perguntar quem foi Cristo, vai me dizer o filho de Deus, o Messias, o cordeiro que veio redimir o pecado e levar uma mensagem de esperança. Mas se qual é sua fé? Isso de repente poderá gerar algumas duvidas e outras inquietações.

Minha Fé está em Cristo em seus ensinamentos, em seus atos e em sua vivência e a pratico diariamente nas minhas conversas com Deus, ela é pequena, difícil de ser praticada e colocada a prova, a cada assalto, criança na rua, gente passando fome. Mas minha fé me pos como um Papa. Um sucessor que tem a missão de levar adiante a história de luta e de esperança que tudo pode ser diferente. Um sucessor que pode agir na minha comunidade, na minha família, em beneficio dos meus amigos, um sucessor, como Pedro que edificou os alicerces da igreja e que acreditou que a Fé poderia mudar tudo.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O Papa no Brasil - por Ton

Primeiramente perdão pelo atraso do post. A proposta do TRÊS é de apresentar um texto de cada autor sobre um mesmo assunto, na segunda sexta feira de cada mês. No caso seria a visita do papa. O Márcio fez a parte dele eu e o Rogério não. Mas é começo de conversa e a tendência é nos ajustarmos com o tempo.


Trilha: Ouro de Tolo - Raul Seixas
Citação: "A fé move montanhas" - Ditado Popular

E ele chegou. Não Ele, ele. Acenou, rezou, abençoou, falou Português (boas e más línguas dizem que fala melhor do que o presidente!). Na mesma velocidade que aparecia em diferentes lugares em tão pouco tempo (!), os índices de violência caíam em São Paulo (é o que os números dizem). Tão eficaz quanto a primeira aparição dos Beatles na TV americana (durante a qual, registros indicam, nenhum crime foi cometido em NY). Ora, por que não propormos ao bom velhinho (não, não é o Papai Noel) que ele passe temporadas maiores por aqui? Talvez pelo trânsito, ou pela questão de sua segurança pessoal, ou até mesmo pelo incômodo aos cidadãos comuns e não-católicos. Mas sinceramente, eu prefiro sair de casa e demorar meia hora a mais pra chegar ao trabalho devido ao trânsito, do que sair de casa e não chegar ao trabalho porque levei um tiro na testa.

Mas, na rapidez que lhe foi peculiar durante sua estadia, o Papa foi embora (não antes de interromper o Galvão Bueno) e nós ficamos. Ficamos na insegurança, no desemprego, na fome, na desilusão, na corrupção, no futebol. Basicamente, o pão e o circo.

Na verdade, não acredito nos números. Acredito na ilusão que os números trouxeram ao povo (e a mim mesmo, confesso) durante alguns minutos. A ilusão de que esse país tem sim jeito. Não pela visita do papa, mas sim pela mobilização que a mesma causou. A tal mobilização que Deus nos salvará um dia. E tudo gira em torno d’Ele, não? Não ele, Ele!

sexta-feira, 11 de maio de 2007

O Papa no Brasil

Para ler ouvindo: Engenheiros Do Hawaii - O Papa É Pop




Logo cedo fui comprar pão e senti um cutuco no “baço”, era um milico com um fuzil “desse” tamanho.

- Ai não pode passar não ô “civil”.

- Mas eu compro pão todo dia nessa padaria. - Argumentei com o homem do objeto fálico.

- Não tem jeito ta tudo fechado pra lá!

Achei melhor nem insistir porque ele tava me olhando estranho com mão no fuzil.

Voltei pra casa e resolvi colocar um CD, afinal, se o corpo está padecendo que a alma seja nutrida. Quando o Marcelo Camelo estava na segunda estrofe de “O Vencedor” bateram na porta.

- Olha o senhor pode baixar o volume pois estamos rezando em frente a TV? - Me disse uma senhora muito simpática com cara de “já vou embora”.

- Mas por que as senhoras não foram para a praça? Ta todo mundo lá, até os camelôs.

- Meu filho se eu pudesse ir para a praça não estaria rezando.

Desliguei o som, vai que afeta o coração das jovens senhoras.

Resolvi então ler o jornal. Estava procurando a seção de quadrinhos quando encontrei algo que me deixou perplexo.

Câmara aprova aumento para congressistas de 28,5%

Para!

Sai correndo, fui no apartamento da velinha, pedi um rosário emprestado, me sentei a seu lado e disse:

- Só com muita fé minha senhora, só com muita fé!

Márcio Brigo é autor do blog Estação Visão, passe por lá!

domingo, 6 de maio de 2007

Texto Inaugural!

Para ouvir: o que estiver tocando no media player ou similares.
Citação: aquela do livro do seu livro de auto ajuda preferido.

Texto inaugural no Três!
E como escrever um texto inaugural.
Agente imagina um texto fenomenal que faça entupir os comentários, que arranquem elogios, e para os mais sonhadores como eu, que ele faça parte das rodinhas de bate papo de segunda feira.
Você leu no Três, o texto do fulano.
E aquele parágrafo? O que será que ele quis dizer com isso?
Muito bom, adoro o jeito como ele escreve.

De volta ao planeta dos macacos e não nos permitindo ter uma vida tão simples como a dos nossos irmão babuíno, que pensa apenas no alimento que terá na próxima refeição e qual o melhor modo de pegar piolho.

HUMANOS! Vire e mexe, estão discutindo consigo mesmo, a PERFEIÇÃO.

Pois é, e cá estou eu, tentando escrever o texto inaugural mais perfeito do mundo. Você está se perguntando texto inaugural depois de duas postagens do Ton, pois é, meu caro amigo, inaugural, para o que vos escreve, pense na combinação 3 pessoas, 3 pontos de vistas, 3 mundo parecidos e completamente diferentes, e milhões de possibilidades de texto, agora como alcançar a perfeição rejeitada pelos macacos e pretendida por eu.

Agora se você identificou, ou não está entendendo nada! Não se preocupe, textos inaugurais não tem a mesma função de CDs inaugurais que lançam para o sucesso bandas e mais bandas e que vendem milhões de álbuns em semanas, conquistam fãs pelo mundo, e criam expectativas por segundos CDs em que você descobre a verdade sobre a banda. Geralmente os textos pós textos inaugurais são melhores lapidados e esses sim ganham comentários nos intervalos para os cafezinhos nas segundas feiras.

Afinal, sobre o que é esse texto inaugural mesmo!
Não sei ainda to tentando descobrir!Texto inaugural no Três!

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Seja um herói!


Trilha:
Citação: " We can be heroes - just for one day
We can beat them - just for one day" David Bowie


Seja um herói. Não, rapaz... não estou dizendo para você colocar uma máscara e muito menos colocar uma cueca por cima da calça.

Sou aficcionado por quadrinhos. O mundo do fantástico e misterioso me fascina. Leio por volta de 5 por mês. Nestas estórias, para todo super-herói, existe um super-vilão. Nas estórias, o herói sempre vence.

Voltando à realidade, o fato é: Os Super-vilões existem a tempos, o que falta são heróis. Não podemos esperar um bebê kryptoniano cair na terra e ser adotado por um casal de íntegros velhinhos fazendeiros. Ou um jovem nerd ser picado por uma aranha modificada geneticamente. A diferença será feita por nós. Isto mesmo, nós reles mortais que temos na mão um superpoder formidável: O livre-arbítrio. O mundo pode estar o caos que for, você escolhe o que fazer. Um dia, quando eu tinha aproximadamente 15 anos, um mestre me falou: Liberdade é o direito de escolha. Esse mesmo mestre disse: Eu odeio os indiferentes! (comentando um texto do livro Para filosofar)

Juntando as duas frases acima, entendo que a liberdade de agir o torna obrigado a agir. "Quem tolera o intolerável torna-se cúmplice" alguém disse isso sobre Hitler e creio que tinha muita razão. A partir do momento que nós deixamos os supervilões agirem livremente, damos um empurrãozinho para que ele se safe.

Entendo que o heroísmo não virá com algum feito incrível. Nós só precisamos fazer o básico. O verdadeiro heroísmo está nas pequenas coisas. Jogue o lixo no lixo, ajude alguém que precisa, dê um sorriso de presente para alguém, convença outra pessoa a fazer o mesmo. Dessa maneira ja seremos heróis. Nossa identidade Secreta: O Super-cidadão

Agora saia na rua e grite: "Para o alto e avante!"

A causa, motivo, razão ou circunstância:

Este espaço é reservado a pensamentos, idéias, convicções, discussões, considerações e divertimento. Se visitou, deixe um comentário. Xingue, brigue! O importante não é a beleza do layout e sim o conteúdo e as coisas que serão ditas aqui daqui pra frente.
Abraços, Namaste and Good Luck!